By Andre Botelho
A dura vida de chefe de equipe...
A corrida da Malásia foi marcada, principalmente, pelas famosas e muitas vezes questionáveis ordens de equipe.
Já na largada, Fernando Alonso deu um leve toque na traseira do carro de Sebastien Vettel que danificou o “bico” de sua Ferrari. A avaria era visível até porque a peça estava arrastando no asfalto gerando faíscas para todos os lados. Logo ao fim da primeira volta, Alonso teve a oportunidade de parar nos boxes para fazer os reparos necessários mas decidiu, em conjunto com a equipe, permanecer na pista. Pouco depois dessa decisão, o bico do carro quebrou e acabou tirando-o da corrida.
Após a última parada nos boxes de todos os pilotos, a corrida apresentava Webber em primeiro, Vettel em segundo, Hamilton em terceiro e Rosberg em quarto. Nesse mometo apresentaram-se as discutíveis ordens de equipe. Red Bull havia pedido aos pilotos que poupassem os pneus e teve a ordem acatada por Webber, mas Vettel ignorou o pedido e travou um grande duelo com o companheiro de equipe pela primeira posição. Logrou êxito e terminou em primeiro com um contrariado Webber em segundo. Na Mercedes de Ross Brawn, já conhecido por suas ordens, as posições se mantiveram e Hamilton terminou em terceiro com um muito mais rápido e contrariado Rosberg em quarto. Ou seja, as ordens de equipe não agradaram a ninguém.
O que se viu no pódio foi um clima de constrangimento entre os três pilotos, em especial entre a dupla da Red Bull, que culminou mais tarde em um pedido de desculpas públicas de Vettel à Webber.
Entendo que as ordens de equipe fazem parte do jogo, mas na segunda corrida do ano é muito cedo e causa mais estragos do que benefícios a todos os envolvidos. Mas temos sempre que lembrar que a F1 é acima de tudo um negócio e os interesses comerciais vem sempre acima dos interesses “emocionais” por assim dizer.
Felipe Massa fez uma péssima largada em que caiu de segundo para sétimo lugar em poucas voltas. Após esse ocorrido fez uma corrida razoável e acabou chegando em quinto, beneficiado por uma trapalhada da McLaren na troca de pneus de Jenson Button.
P.S.: Um ponto que não se pode deixar passar em branco foi o erro de boxes de Hamilton, parou sua Mercedes na “vaga” da McLaren gerando inclusive brincadeiras da equipe inglesa no twitter em que disse que ele é sempre bem vindo para dar um oi à equipe. Devem ter dito isso para poderem dar uma olhada na Mercedes mais de perto e tentar copiar algo para melhorar o fraco desempenho dos carros prateados de Woking.
Confira o resultado final do GP da Malásia (56 voltas):
1- Sebastian Vettel (ALE/RBR)
2- Mark Webber (AUS/RBR) - a 4s298
3- Lewis Hamilton (ING/Mercedes) - a 12s1
4- Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - a 12s640
5- Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a 25s6
6- Romain Grosjean (FRA/Lotus) - a 35s5
7- Kimi Raikkonen (FIN/Lotus) - a 48s4
8- Nico Hulkenberg (ALE/Sauber) - a 53s0
9- Sergio Perez (MEX/McLaren) - a 72s3
10- Jean-Eric Vergne (FRA/STR) - a 87s1
11- Valtteri Bottas (FIN/Williams) - a 88s6
12- Esteban Gutierrez (MEX/Sauber) - a 1 volta
13- Jules Bianchi (FRA/Marussia - a 1 volta
14- Charles Pic (FRA/Caterham) - a 1 volta
15- Giedo van der Garde (HOL/Caterham) - a 1 volta
16- Max Chilton (ING/Marussia) - a 2 voltas
Não completaram:
17- Jenson Button (ING/McLaren)
18- Daniel Ricciardo (AUS/STR)
19- Pastor Maldonado (VEN/Williams)
20- Adrian Sutil (ALE/Force India)
21- Paul di Resta (ESC/Force India)
22- Fernando Alonso (ESP/Ferrari)
Melhor volta: Sergio Perez (MEX/McLaren) - 1m39s199